Com o tempo você ganha muita experiência com erros.

Em uma ocasião, realizei uma perícia em uma empresa onde ao questionar o proprietário sobre a existência ou não da AET (Análise Ergonômica do Trabalho) o proprietário disse que não.

Ele ficou muito surpreso por não estar em dia com a documentação.

Quando terminou a perícia, todos os participantes estavam saindo da empresa.

Saiam eu, o assistente, o reclamante e seu advogado.

Neste momento, o dono da empresa pediu para conversar comigo.

Ele estava preocupado e queria saber como desenvolver o documento que faltava, AET.

Dei uma breve explicação para ele, não fiquei mais que 3 minutos conversando e fui embora.

No dia seguinte à perícia, recebi uma ligação da vara pedindo que eu verificasse o processo.

Ao ler o despacho, vi que o advogado do Reclamante estava me acusando de ficar de reunião com o dono da empresa depois da perícia. E que isso era muito suspeito. Queria saber qual foi o assunto tratado e que deveria constar no processo.

Foi uma situação muito chata para mim.

Aprendi neste dia, que para ser totalmente equidistante, nada deve acontecer depois que a perícia é dada por encerrada.

Hoje eu só inicio uma perícia se todos estiverem presentes e depois de encerrada, não falo com mais ninguém.

Depois que eu adotei essa postura, nunca mais tive problemas.

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