Quando a Ergonomia impacta no RH
Muitas empresas, principalmente aquelas com capital estrangeiro, ergonomia é cultural, tratada como algo muito importante dentro da organização.
Os programas de gestão em ergonomia têm como cerne prevenir e resolver problemas relacionados à saúde do trabalhador e isso já seria o suficiente para que uma empresa desenvolvesse um programa.
Entretanto, este único motivo, “saúde do trabalhador” não parece ser suficiente fazendo com que muitas organizações enxerguem a ergonomia como um custo que vai sendo jogado para o último lugar na fila das prioridades.
Ocorre que uma análise profunda e longitudinal do impacto de um programa de gestão em ergonomia pode revelar gratas surpresas como por exemplo beneficiar o departamento de Recursos Humanos (RH).
Parece que uma coisa não tem ligação com a outra, principalmente porque ao pensar em ergonomia muitas vezes o pensamento vai em direção à uma boa cadeira ou mesa de trabalho e isso o RH já tem.
Mas na verdade, a boa ergonomia vai desenvolver um mecanismo de gestão das queixas com indicadores dos setores mais críticos da empresa. Vai desenvolver a administração dos atestados e organização dos mesmos facilitando para o RH o gerenciamento do departamento quando o assunto for a saúde dos trabalhadores.
Outro desafio para o departamento de recursos humanos é a descrição dos cargos. Habitualmente é lançado no cargo aquilo que a classificação brasileira de ocupação genericamente diz que aquela função faz.
A descrição genérica pode gerar efeitos colaterais como discrepâncias salariais, características de desvios de função, dificuldade em desenvolver a política de cargos e salários dentre outros problemas.
Uma boa análise ergonômica irá analisar as tarefas reais do trabalhador in loco. Ou seja, haverá descrição detalhada de todas as tarefas e atividades inerentes a determinada função. Desta forma, o RH poderá fazer uso destas informações reais e cuidadosamente colhidas para preencher adequadamente a descrição do cargo.
Vejamos que hoje existem empresa que cobram valores relativamente elevados só para captar e detalhar os cargos de uma empresa.
Ao desenvolver uma análise ergonômica a empresa além de cuidar da saúde do trabalhador vai gerar um impacto positivo no departamento de RH sem qualquer custo adicional.
Pontuado isto, você está:
- Contente com as descrições de cargos da sua empresa?
- Da maneira que os cargos estão descritos, não há uma característica de desvio de função?Você está contente com a gestão de atestados?
- Você tem indicadores dos setores com maior número de queixas?
- Qual é o CID que mais atinge a sua empresa?
Responda todas estas e outras perguntas desenvolvendo uma boa análise ergonômica.